Políticas de inclusão e a crise da educação especial
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v1i1.6Palabras clave:
Políticas inclusionistas. Educação especial. Educação inclusiva.Resumen
A terminologia educação especial precisa ser revista e superada para não continuar atuando como um paradoxo à educação inclusiva que defende o direito de todos à educação nas salas regulares, já que aquela permite, em seu arranjo organizacional, escolas e classes especiais que são tipos de abordagens educacionais contraditórias à concepção de uma educação mais inclusiva e que luta pelo combate da exclusão educacional. Considera-se que a educação especial passa por uma crise de sentidos, especialmente, quando é criticamente examinada diante do conceito de educação inclusiva que vem ganhando força no Brasil. Tem-se como pressuposto que não é mais necessário continuar existindo dois tipos de educação para as pessoas com deficiências, transtornos, distúrbios, as quais deverão fazer parte da educação para todos (educação inclusiva) e não de uma educação que ainda se diz “especial”. A pesquisa procurou mostrar que há evidências para a superação dessa terminologia que se encontra descontextualizada na atualidade, principalmente, por apresentar-se na prática como uma política educacional antagônica à política de educação inclusiva entendida em sua essência como aquela que não excluí, não segrega, não discrimina nenhum aluno.
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