Princípios e práticas para formação de professores em ambiente escolar: o movimento das ações estabelecidas em um grupo pibidiano (Principles and practices for teacher training in school environment: the movement of actions established in a PIBID group)
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v3i2.138Keywords:
Atividade de Ensino. Teoria Histórico-Cultural. Formação de Professores de MatemáticaAbstract
Neste artigo relata-se uma pesquisa cujo objetivo foi investigar aspectos potencializadores da apropriação do conhecimento sobre atividade de ensino, emanados dos princípios e práticas de uma proposta de formação de professores no ambiente escolar, sustentada na teoria Histórico-Cultural com enfoque na Teoria da Atividade. Os dados foram coletados em um grupo constituído pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), através de questionários, entrevistas, portfólios e e-mails. A análise documental baseou-se no decreto nº 6.755, que estabeleceu os princípios dessa formação, e a análise das práticas de formação baseou-se no método estruturado pelo materialismo-dialético, unidade organizada por cenas que compõem episódios e conduzem à identificação dos elementos estruturantes do processo. As falas dos integrantes do grupo convergem para a melhoria da qualidade na formação inicial e contínua dos professores, mas evidências revelam uma prática com ações e reflexões pontuais, restritas ao cumprimento do programa, limitadas ao saber fazer. Discussões coletivas e elaboração conjunta dão lugar às ações individuais que não se constituem objeto mediador dos integrantes do grupo no movimento formativo.
References
BERNARDES, M. E. M. Pedagogia e Mediação pedagógica. In: José Carlos Libâneo; Nilda Alves. (org.). Temas de Pedagogia: diálogos entre didática e currículo. 1ed. São Paulo: Cortez Editora, 2012, v. 1, p. 77-97.
BRASIL Decreto n. 6.755, de 29 de janeiro de 2009. Institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, disciplina a atuação da CAPES no fomento de programas de formação inicial e continuada. Disponível em: <https://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislação/Decreto-6755-2009.pdf >. Acesso em: 08 jan. 2013.
CANÁRIO, R. A escola: o lugar onde os professores aprendem. Psicologia da Educação, São Paulo, n.6, p.9-27, 1998.
CONTRERAS, J. A autonomia de professores, tradução de Santa Tabuco Valenzuela. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2002.
DAVIS, C. L. F. et al. Formação continuada de professores: uma análise das modalidades e das práticas em estados e municípios brasileiros. Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Impresso), v.41, p. 01-129, 2011.
DAVÍDOV, V. V. La enseñanza escolar y eldesarrollo psíquico. Moscú: Editorial Progresso, 1988.
ESTEVES, A. K. Números decimais na escola fundamental: interações entre conhecimentos de um grupo de professores e a relação com sua prática pedagógica. 2009, 153 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. Campo Grande, 2009.
GARCIA, M.C. A formação de professores: novas perspectivas baseada na investigação sobre o pensamento do professor. NÓVOA, A. (org.) Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995. p. 51-76.
GATTI, B. A; BARRETO, E. S. (coord.). Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), 2010.
LEONTIEV, A. N. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 2004.
__________. Actividade Consciência e Personalidade. Tomado da edição original em russo. Moscú: Editorial Politzdat, 1975. Trad. Maria Silvia Cintra Martins. The Marxists Internet Archive, 1978.
MARTINS, L. M. O legado do século XX para a formação de professores. In: Martins, L.M.; Duarte, N.. (org.). Formação de Professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias. 1ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010, v. 01, p. 13-32.
MORETTI, V. D. Professores de Matemática em atividade de ensino: uma perspectiva histórico-cultural para a formação docente. 2007. 208 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
__________. MOURA, M. O. A Formação Docente na Perspectiva Histórico-Cultural: em busca da superação da competência individual. Psicologia Política. v.10, n 20, p. 345-361, jul./dez. 2010.
MOURA, M. O. A atividade de ensino como unidade formadora. Revista Bolema. Ano 2., v.11, n. 12, p. 29-43, 1997.
__________. O educador matemático na coletividade de formação: uma experiência com a escola pública. 2000. Tese (Livre Docência) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2000.
RIBEIRO, F. D. A aprendizagem da docência na prática de ensino e no estágio: contribuições da teoria da atividade. 2011. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
SAVIANI, D. A Pedagogia no Brasil, História e Teoria. Campinas/SP: Autores Associados, 2012.
__________. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação. v. 14, n. 40, jan./abr., 2009.
__________. Do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Autores Associados, 1989.
SHÖN, D. The Reflective Practitioner: how professional think in action. New York: Basic Books, 1983.
SOUZA, N. M. M. Professores que Ensinam Alunos que não Aprendem: paradoxos em contextos de escolarização básica e a busca da compreensão do papel da atividade de ensino em matemática. 2013. Relatório (Pós-Doutorado) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
VIGOTSKI, L. S. Teoria e Método em Psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
ZEICHNER, K. Uma análise crítica sobre “reflexão” como conceito estruturante na formação docente. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 29, n. 103, p. 535-554, maio/ago. 2008.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Recomenda-se não ultrapassar o número total de quatro autores. Caso a quantidade de autores seja maior do que essa, deve-se informar ao editor responsável o grau de participação de cada um. Em caso de dúvida sobre a compatibilidade entre o número de autores e os resultados apresentados, a Comissão Editorial reserva-se o direito de questionar as participações e de recusar a submissão se assim julgar pertinente.
Ao submeter um artigo para publicação a Crítica Educativa a o autor concorda com os seguintes termos:
- O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento.
- As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da Crítica Educativa.
- Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original.
- O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho online, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Os artigos cuja autoria é identificada representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Crítica Educativa do PPGED da Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba.
