Experiência de pessoas com deficiência no ensino superior: um olhar sobre a vivência de empoderamento e autoadvocacia
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v1i2.55Palabras clave:
Pessoas com deficiência. Ensino superior. Autoadvocacia. Empoderamento.Resumen
Este artigo tem como foco a experiência de estudantes com deficiência no ensino superior. Seu objetivo é analisar como a inserção de pessoas com deficiência nesse nível de ensino conduz a vivência do empoderamento e da autoadvocacia e rompe com o isolamento social. A história ilumina que não é de hoje que as experiências de exclusão marcam a vida do grupo social constituído pelas pessoas com deficiência, o qual permanece em uma situação de desvantagem social intensa. Esta pesquisa se insere no campo de conhecimento dos Estudos Culturais em Educação, e aderiu à abordagem de pesquisa qualitativa, em que foram analisadas as vozes de estudantes com deficiência da Universidade Federal da Paraíba. Os achados desta pesquisa revelam que a inserção no ensino superior gera autonomia e a participação; a universidade é um ambiente que cria oportunidades para que pessoas com deficiência interajam com pessoas sem deficiência, gerando um círculo de amizades; a presença de estudantes com deficiência na universidade pode trazer também a não aceitação delas por parte dos/as outros/as colegas, os/as quais não conseguem compreender a posição de autoadvogadas; as práticas docentes são elementos-chave para favorecer ou não o processo de empoderamento de pessoas com deficiência.
Citas
BERESFORD, P. Empowerment and Emancipation. Encyclopedia of Disability. Ed. Gary L. Albrecht. Vol. 2. Thousand Oaks, CA: SAGE Reference, 2013. 593-601. Gale Virtual Reference Library. Web. 22 Oct. 2013. Disponível em:
<http://go.galegroup.com/ps/i.do?id=GALE%7CCX3469300294&v=2.1&u=ubcolumbia&it=r&p=GVRL&sw=w&asid=d4cd5c3e0dfd1290638286a54995e13e>. Acesso em: 20 ab. 2014.>
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.
________. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
________. INEP. Ministério da Educação. Resumo Técnico: Censo da Educação Superior (2009) . Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/superior/censo/2009/resumo_tecnico2009.pdf> Acesso em 10/02/2012.
________. Decreto n° 7.612/2011. Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência: Plano Viver sem Limites. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm>. Acesso em: 23 set. 2013.
CASTANHO, D. M.; FREITAS S. N. Inclusão e prática docente no ensino superior (2005). Disponível em: <http://cascavel.cpd.ufsm.br/revistas/ojs2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/4350/2557 > Acesso em: 07 ab. 2014.
CORAGGIO, J. L. Propostas do Banco Mundial para a educação: sentido oculto ou problemas de concepção? In: TOMMASI, Lívia de; WARDE, Miriam Jorge e HADDAD, Sérgio (Orgs.). O Banco Mundial e as políticas educacionais. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
COSTA, M. V.; SILVEIRA, R. H.; SOMMER, L. H. Estudos Culturais, educação e pedagogia. In: Revista Brasileira de Educação. Maio/Jun/Jul/Ago, Nº 23, 2003, p. 36 -61.
DANTAS, T. C. Jovens com deficiência como sujeito de direitos: o exercício da autoadvocacia como caminho para o empoderamento e a participação social. João Pessoa: UFPB, 2011. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba, 2011.
ESCOSTEGUY, A. C. D. Cartografias dos Estudos Culturais: uma Versão Latino Americana. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
FARIAS, A. Q. de. Gênero e Deficiência: Vulnerabilidade Feminina, Ruptura e superação. Dissertação de Mestrado, apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), 2011.
FERREIRA, W. B. Invisibilidade, crenças e rótulos: Reflexão sobre a profecia do fracasso educacional na vida de jovens com deficiência. IV Congresso Brasileiro sobre Síndrome de Down. Família, a gente da inclusão. 09-11 de Setembro de 2004. Bahia. Disponível em: Acesso em 04 mar. 2012
_________. EJA e Deficiência: estudo da oferta da modalidade EJA para estudantes com deficiência. In: AGUIAR, Márcia Angela (Org.). Educação de Jovens e Adultos: o que dizem as pesquisas. Recife: Gráfica J. Luiz Vasconcelos, 2009, p. 75-128.
FREIRE. P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Edições Paz e Terra, 1970.
GARNER, P.; SANDOW, S. Advocacy, Self-advocacy and Special Needs. London: David Fulton, 1995.
GLAT, R. Auto-defensoria / Auto-gestão: movimento em prol da autonomia de pessoas com deficiência mental - uma proposta político-educacional. Anais do 9º Congresso Estadual das APAEs de Minas Gerais, disponível em CDRom. Belo Horizonte/MG, 2004.
GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1988.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed .Tradução de Tomaz Tadeu da Silva. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
JOHNSON, R; SILVA, T. T. da (Org. e trad.). O que é, afinal, Estudos Culturais? 3. ed. 1 reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
MATTELART, A.; NEVEU, É.. Introdução aos Estudos Culturais: São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
McVILLY, K. R; STANCLIFFE, R.J.; PARMENTER, T.R; BURTON-SMITH, R.M.. Self-advocates have the last say on friendship. Disability & Society. Vol. 21, No. 7, December 2006, pp. 693–708.
NEVES, L. de A. Memória, história e sujeito: substratos da identidade. História Oral. Vol. 03, p. 109-16. Minas Gerais, 2000.
________. Educar para a cidadania: promovendo a autoadvocacia em grupos de pessoas com deficiência. São Carlos: UFSCAR, 2005. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos.
SKLIAR, C. Pedagogia (Improvável) da Diferença: e se o outro não estivesse aí? Rio de Janeiro: Editora DP&A, 2003.
SOARES, A. M. M. Nada sobre nós sem nós: formando jovens com deficiência para o exercício da autoadvocacia. João Pessoa: UFPB, 2010. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba, 2010.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Recomenda-se não ultrapassar o número total de quatro autores. Caso a quantidade de autores seja maior do que essa, deve-se informar ao editor responsável o grau de participação de cada um. Em caso de dúvida sobre a compatibilidade entre o número de autores e os resultados apresentados, a Comissão Editorial reserva-se o direito de questionar as participações e de recusar a submissão se assim julgar pertinente.
Ao submeter um artigo para publicação a Crítica Educativa a o autor concorda com os seguintes termos:
- O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento.
- As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da Crítica Educativa.
- Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original.
- O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho online, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Os artigos cuja autoria é identificada representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Crítica Educativa do PPGED da Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba.