Práticas musicais com alunos surdos na extensão universitária: acesso e participação
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v1i2.41Palabras clave:
Educação musical, Ensino de Música, Alunos Surdos, Inclusão, LibrasResumen
As linguagens expressivas oferecem possibilidades de significação para pessoas com alterações de fala e linguagem. Este estudo apresenta relato sobre um projeto de música com alunos surdos de quatro a 18 anos. O trabalho se desenvolveu impulsionado por uma aluna de graduação de Pedagogia que propôs um projeto de iniciação científica sobre práticas musicais com alunos surdos; a iniciativa foi acolhida no espaço de atendimento em artes visuais no decorrer de 2014 com cinco grupos de alunos surdos num programa de extensão universitária. Desenvolveram-se conversas sobre a presença da música na família; experimentos de física, que pretendiam “tornar o som visível”; construção de instrumentos nas quatro categorias (idiofone, membranofone, cordofone e aerofone); improvisação musical; vivências com notações musicais intuitivas e pautadas em George Self. Os resultados mostraram que os alunos surdos, apesar de inicialmente expressarem sentimentos de incapacidade e resistência ao serem convidados a participar, tiveram facilidade de manejar ferramentas e construir e decorar os instrumentos; engajaram-se nas atividades rítmicas, nos batuques e na imitação de danças rítmicas conhecidas. O projeto valorizou a participação e explorou maneiras acessíveis de desfrutar das vivências musicais.
Citas
BEYER, Ester. Ideias em educação musical. Porto Alegre: Mediação, 1999.
BONILHA, Fabiana F.G. Do toque ao som: o ensino da musicografia braille como um caminho para a educação musical inclusiva. 2010. 261f. Tese (Doutorado em Música) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.
BRASIL. Lei n.º 11.769, de 18 de agosto de 2008a. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica [online] [acesso 14 ago 2011]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11769.htm
BRASÍLIA. Parâmetros curriculares nacionais – Arte. Brasília: Ministérios da Educação e Cultura/ Secretaria de Educação Fundamental, 1997.
BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil: propostas para a formação integral da criança. São Paulo: Peirópolis, 2003.
CASH, Terry; TAYLOR, Barbara. Som. Trad. André Guilherme Polito. São Paulo: Melhoramentos, 1991.
FINCK, Regina. Ensinando música ao aluno surdo: perspectivas para ação pedagógica inclusiva. 2009. 234f. Tese (Doutorado em Música) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2009.
GIBSON, Gary. Brincando com sons. Trad. Helena Gomes Klimes. São Paulo: Callis, 1996.
HAGUIARA-CERVELLINI, Nadir. A musicalidade do surdo: representações e estigma. São Paulo: Plexus Editora, 2003.
__________. A criança deficiente auditiva e suas reações à música. São Paulo: Editora Moraes, 1986.
JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música. São Paulo: Scipione, 1990.
KARTOMI, Margaret. The classification of musical instruments: changing trends in research from the nineteenth century, with reference to the 1990s. Ethnomusicology, v. 45, n. 2, p. 283-314, 2001.
KOELLREUTTER, Hans-Joachim. Terminologia de uma nova estética da música. Porto Alegre: Movimento, 1987.
LIMA, Gueidson Pessoa de. Música e surdez: o ensino de música numa perspectiva bilíngue na escola regular. 2015. 132f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.
LOURO, Viviane. S. As adaptações a favor da inclusão do portador de deficiência física na educação musical: um estudo de caso. 2003. 208f. Dissertação (Mestrado em Música) – Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, 2003.
MELO, Isaac Samir Cortez de. Um estudante cego no curso de licenciatura em música da UFRN: questões de acessibilidade curricular e física. 2011. 127f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011.
OLIVEIRA, Leonardo Augusto Cardoso. O deficiente visual em contato com a música. 2013. 84f. Dissertação (Mestrado em Música) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013.
OXFORD music online. Oxford, Oxford University Press, 2007. [online] [acesso 3 maio 2014]. Disponível em: http://www.oxfordmusiconline.com:80/subscriber/article/grove/music/13818
SELF, George. New sounds in class: a practical approach to the understanding and performing of contemporary music in schools. Londres: Universal Edition, 1967.
SCHAFER, J. Murray. O ouvido pensante. São Paulo: Editora da UNESP, 1992.
SOARES, Lisbeth. Formação e prática docente musical no processo de educação inclusiva de pessoas com necessidades especiais. 2006. 128 f. Dissertação (Mestrado em Educação Especial) – Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, 2006.
TURINO, Thomas. Music as social life: the politics of participation. Chicago, University of Chicago Press, 2008.
VIGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Recomenda-se não ultrapassar o número total de quatro autores. Caso a quantidade de autores seja maior do que essa, deve-se informar ao editor responsável o grau de participação de cada um. Em caso de dúvida sobre a compatibilidade entre o número de autores e os resultados apresentados, a Comissão Editorial reserva-se o direito de questionar as participações e de recusar a submissão se assim julgar pertinente.
Ao submeter um artigo para publicação a Crítica Educativa a o autor concorda com os seguintes termos:
- O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento.
- As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da Crítica Educativa.
- Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original.
- O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho online, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Os artigos cuja autoria é identificada representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Crítica Educativa do PPGED da Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba.