Olhar o mundo e ver a criança: ideias e imagens sobre ciclos de vida e círculos de cultura

Autores/as

  • Carlos Rodrigues Brandão Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)e professor visitante sênior da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

DOI:

https://doi.org/10.22476/revcted.v1i1.27

Palabras clave:

Criança. Cultura Infantil. Pesquisa Socioantropológica.

Resumen

O objetivo do presente texto dialoga com a recorrência da pesquisa sobre a criança a partir e além da pesquisa socioantropológica, isto é, passando de “atividades de pesquisa”, para uma vivência das relações sala de aulas, escola e escola-e-comunidade, como um exercício permanente e ampliado de criar conhecimentos sobre nós e os outros, através de pequenas múltiplas e diferentes experiências de pesquisas interligadas, integradas e permanentes. Por meio de uma análise crítico-reflexiva o texto destaca a especificidade da cultura infantil e as sensibilidades necessárias ao pesquisador que reconhece que nas interações e vivências se encontram as nucleações necessárias e ponto de partida para a compreensão da leitura de mundo da criança. O presente texto conclui que foi a partir das experiências das pesquisas socioantropológicas, somadas a um crescente diálogo de trocas de experiências entre educadoras, que certos critérios de teor mais criticamente sociais e culturais começaram a ser levados em conta.

Biografía del autor/a

Carlos Rodrigues Brandão, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)e professor visitante sênior da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)e professor visitante sênior da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). 

Citas

ABRAES. Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Educação Superior. Instituições particulares de ensino superior e ProUni: o impacto do programa de inclusão sobre o desempenho de seus alunos no Enade. Brasília, ANUP, 2014. 32p. Relatório sobre desempenho dos bolsistas do ProUni. Brasília: PNUD: FAO, 1990. 47 p. Relatório da Missão de Avaliação do Projeto BRA/87/037.

ANDRADE, E. C. Rankings em Educação: Tipos, Problemas, Informações e Mudanças: Análise dos Principais Rankings Oficiais Brasileiros. Estudos Econômicos (USP. Impresso), v. 41, p. 7-28, 2011.

ARENDT, H. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

BARBOSA, M. História Cultural da Imprensa: Brasil, 1900-2000. Rio de Janeiro: Mauad, 2007.

BARREYRO, G. B. De exames, rankings e mídia. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 13, n. 3, p. 863-868, nov. 2008.

BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. Obras Escolhidas, v.1. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.

BOURDIEU, P. Condição de Classe e posição de classe. In: MICELI, Sergio (Org.), A economia das trocas simbólicas, pp. 99-181. São Paulo: Perspectiva, 1974.

______. Les trois états du capital culturel. Actes de la recherche en sciences sociales, Paris, n. 30, pp. 3-6, 1979.

______. L’économie des échanges linguistiques. Langue Française, n. 34, 1977, p. 17-34.

______. Sur L'etat - Cours Au College de France. Paris: Seuil, 2012.

BRAYNER, F. O Clichê: notas para uma derrota do pensamento. Por uma consciência ingênua. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 39, n. 2, p. 557-572, abr./jun. 2014.

CASTELLS, M. A Galáxia da Internet: Reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor., 2003

______. The Network Society: from Knowledge to Policy. In CASTELLS, M e CARDOSO, G. (Org.) The Network Society: From Knowledge to Policy. p. 3-22. Washington, DC: Johns Hopkins Center for Transatlantic Relations, 2005.

COLE, J. Internet and Society in a Global Perspective: Lessons from Five Years in the Field. In CASTELLS, M. e CARDOSO, G. (Org.) The Network Society: From Knowledge to Policy. p. 305-324. Washington, DC: Johns Hopkins Center for Transatlantic Relations, 2005.

COUTINHO, C.; LISBOA, E. Sociedade da Informação, do Conhecimento, e da Aprendizagem: desafios para Educação do Século XXI. Revista de Educação, Vol. XVIII, nº 1, p. 5 - 22, 2011.

DOBARRO, V. R.; Brito, M. R. F. Atitude e crença de auto-eficácia: Relação com o desempenho. Educação Matemática em Revista (São Paulo), v. 12, p. 199-220, 2010.

DODGE, Y. The Oxford Dictionary of Statistical Terms. Oxford: Oxford University Press, 2006.

FEIJÓ, C.; VALENTE, E. As estatísticas oficiais e o interesse público. Bahia Análise & Dados, Salvador, v. 15, n. 1, p. 43-54, jun. 2005.

FOUCAULT, M. A Arqueologia do Saber. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

FREITAS, L. P. F.; SILVA, V.B. Avaliação e classificação de instituições de ensino médio: um estudo exploratório. Educ. Pesqui. vol.40 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2014.

GADET, F.; HAK, T. Por uma análise automática do discurso: Uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1997.

GHEORGHIU, M. D.; GRUSON, P.; VARI, J. Trocas intergeracionais e construção de fronteiras nas experiências educativas das classes médias. Educação e Sociedade, Campinas, v. 29, n. 103, p. 377-399, 2008.

GROVES, R. M. Survey errors and survey costs. Vol. 536. John Wiley & Sons, 2004.

LAHIRE, B. Do Homem Plural ao Mundo Plural: entrevista com Bernard Lahire, por Sofia Amândio. Análise Social, 202, XLVII (1º), 2012, p. 195-208.

______. Reprodução ou prolongamentos críticos? Educação e Sociedade, ano XXIII, nº 78, abril/2002, p. 37-55.

______. Trajetória acadêmica e pensamento sociológico: entrevista com Bernard Lahire. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.2, p. 315-321, maio/ago. 2004.

LIMA, A.C.; ALMEIDA, A. M. F. Permanências e mutações na definição intergeracional do trabalho infantil. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 111, p. 347-369, abr.-jun. 2010.

MARCONDES, Filho, C. A saga dos cães perdidos. 2. ed. São Paulo:Hacker, 2002.

MELLO NETO, R. D. Entre melhores e piores: caso dos bolsistas do ProUni em Pernambuco. In SIMÕES, J. L. (org.). Pesquisas em teoria e história da educação. v.2, Recife: Ed. Universitária, 2015 (no prelo)

NOGUEIRA, M. A. Favorecimento econômico e excelência escolar: um mito em questão. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 26, n.26, p. 133-144, 2004.

OBJETIVO. Escolas com menos alunos lideram ranking do ENEM. Disponível em: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/escolas-com-menos-alunos-lideram-ranking-do-enem. Acesso em 03 de abril de 2015.

OECD. Relatório Pisa. Programme For International Student Assessment- Results From Pisa 2012. Disponível em http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/resultados/2013/country_note_brazil_pisa_2012.pdf.

SENRA, N. C. Informação estatística com objeto de estudo. Uma primeira tentativa de formalização. Datagramazero (Rio de Janeiro), Rio de Janeiro, v. 6, n.4, p. 4, 2005.

______. Informação Estatística: demanda e oferta, uma questão de ordem. Datagramazero (Rio de Janeiro), Rio de Janeiro, v. 1, n.3, 2000.

SOUZA, L.; Brito, M. R. F. Crenças de auto-eficácia, autoconceito e desempenho em matemática. Estudos de Psicologia (PUCCAMP. Impresso), v. 25, p. 193-201, 2008.

THIENGO, L. C.; MOTA,M.V.S. O Enem virou manchete: A divulgação dos resultados do Enem na construção da identidade do ensino médio público brasileiro. In: XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2010, Caxias do Sul.

TORISU, E. M.; FERREIRA, A. C. A teoria social cognitiva e o ensino-aprendizagem da matemática: considerações sobre as crenças de autoeficácia/The social cognitive theory and the mathematic teaching-learning process: considerations on the self-efficacy beliefs. Ciências & Cognição (UFRJ), v. 14(03), p. 168-177, 2009.

TRAVITZKI, R. ENEM: limites e possibilidades do Exame Nacional do Ensino Médio enquanto indicador de qualidade escolar. 322 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

ZIZEK, S. O Espectro da Ideologia. In: ZIZEK, S (org.). O mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

Publicado

2015-10-12

Cómo citar

Brandão, C. R. (2015). Olhar o mundo e ver a criança: ideias e imagens sobre ciclos de vida e círculos de cultura. Crítica Educativa, 1(1), p.108–132. https://doi.org/10.22476/revcted.v1i1.27