OBEDUC: reflexões, aspectos teóricos e prática docente em um grupo de estudos (OBEDUC: reflections, theoretical aspects and teaching practice in a study group)

Authors

  • Angélica da fontoura Garcia Silva Universidade Anhanguera de São Paulo
  • Aparecida Rodrigues Silva Duarte Universidade do Vale do Sapucaí
  • Mirtes Souza Miranda Universidade Anhanguera de Sâo Paulo

DOI:

https://doi.org/10.22476/revcted.v3i2.160

Keywords:

OBEDUC. Grupo de estudos. Ensino de números racionais. Prática docente. Anos iniciais

Abstract

Este artigo tem o propósito de descrever e analisar reflexões e práticas de professores integrantes do OBEDUC/Anhanguera que estudaram o ensino dos números e suas representações em um dos grupos de estudos constituído em sua própria escola. A investigação, de natureza qualitativa, envolveu quinze professores que lecionam Matemática para os anos iniciais. A coleta de dados se deu por meio de gravações em áudio e vídeo, observações de aula e coleta de depoimentos. Fundamenta-se em pesquisas de Ball, Thames e Phelps que discutem o conhecimento profissional docente e de Schön e Zeichner no que diz respeito à reflexão sobre a prática. A análise dos dados revelou que as discussões e reflexões realizadas no interior do grupo de estudos permitiram ampliar o ato de aprender uns com os outros e o desenvolvimento de categorias relacionadas aos conhecimentos profissionais dos professores envolvidos. Foi possível observar, na prática de uma das professoras, indícios da ampliação do conhecimento. Essa prática colocou em evidência a (re)significação da utilização do Tangram como recurso de ensino. Foi possível perceber, também, a ampliação das concepções da professora a respeito do ensino da matemática, sobretudo, quanto à possibilidade de relacionar diversas temáticas nas aulas de matemática.

Author Biographies

Angélica da fontoura Garcia Silva, Universidade Anhanguera de São Paulo

Possui graduação em licenciatura em  Matemática, doutora em Educação Matemática pelo Programa de Estudos Pós graduados em Educação Matemática da PUC-SP, mestre em Educação pelo Programa Educação: História Política e Sociedade da PUC-SP . Fez estágio de doutoramento Sandwich em 2006, na Escola Superior de Educação de Lisboa sob a supervisão da professora Maria de Lurdes Serrazina. É professora contratada pelo Programa de Pós-graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São Paulo . Desenvolve atividade de pesquisa sobre o Formação de Professores que ensinam Matemática. Participa do grupo de pesquisa: Observatório da Educação. Os resultados de pesquisa foram publicados em anais de congressos nacionais e internacionais na área. 

Aparecida Rodrigues Silva Duarte, Universidade do Vale do Sapucaí

Atualmente é professora do Mestrado em Educação da Universidade do Vale do Sapucaí e pesquisadora do Grupo de Pesquisa de História da Educação (GHEMAT). Possui graduação em Bacharelado Em Matemática Pura pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1985), mestrado em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e doutorado em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007). Foi coordenadora do Curso de Matemática, do Núcleo de Pesquisa em Educação Matemática (NUPEM/UNIVÁS) e do Curso de Especialização Lato Sensu em Educação Matemática da Universidade do Vale do Sapucaí. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em História da Educação Matemática no Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: história da educação, história da educação matemática, educação matemática, formação de professores e metodologias de ensino.

Mirtes Souza Miranda, Universidade Anhanguera de Sâo Paulo

Formada pela Faculdade Associada de Cotia no curso de Pedagogia. especialização em Psicomotricidade pela Universidade Nove de Julho, Psicopedagogia Institucional pela Faculdade Aldeia de Carapicuíba, Mestrado em Educação Matemática pela Universidade Anhanguera-UNIAN e cursando Doutorado pela Universidade Anhanguera- Unian. Experiências profissionais na Educação Básica em todos os níveis de ensino e no Ensino Superior na graduação e pós-graduação em Educação, Já atuei também como Coordenadora Pedagógica na modalidade de ensino de Educação Especial Inclusiva. Sou titular de cargo (PEB I) na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, exerci funções pedagógicas na Equipe Curricular do Centro do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais (CEFAI) e atualmente exerço a função de Professora Coordenadora dos Anos Iniciais e ministro aula nos cursos de Graduação em Pedagogia e Especialização ofertados pela Faculdade Aldeia de Carapicuíba em parceria com o Cife.

References

BALL, D. L.; THAMES, M. H.; PHELPS, G. Content knowledge for teaching: what makes it special? Journal of Teacher Education, Pennsylvania, v. 59, n. 5, p. 389-407, 2008.

BEHR, M. J.; HAREL, G., POST, T.; LESH, R. Rational number, ratio and proportion. Handbook of research on mathematics teaching and learning. New York: Macmillan Publishing and Company, 1992, p.296-333.

BOLZAN, D. Formação de professores: compartilhando e reconstruindo conhecimentos.

Porto Alegre: Mediação, 2002.

ALVES, T. A. S.; GARCIA SILVA, A. F.; ALVES, C. C. P. Saresp: sobre as estratégias utilizadas por um grupo de alunos para resolver situações envolvendo frações. In. Encontro Paulista de Educação Matemática. 2014. Anais do XII Encontro Paulista de Educação Matemática. Birigui : SBEM-SP : IFSP, 2014.

MIRANDA, M. S. Uma investigação sobre a (re)construção do conhecimento de professores participantes de um grupo que estuda o campo conceitual aditivo. 2014. 206 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) - Programa de Pós-Graduação em Educação em Educação Matemática, Universidade Anhanguera de São Paulo, São Paulo, 2014.

NIESS, M. L.; RONAU, R. N.; SHAFER, K. G.; DRISKELL, S. O.; HARPER, S. R.; JOHNSTON, C.; BROWNING, C.; ÖZGÜN-KOCA, S. A.; KERSAINT, G. Mathematics Teacher TPACK Standards and Development Model. Contemporary Issues in Technology and Teacher Education, v. 9, n. 1, p. 4-24, 2009.

SANTOS, R. S. Rendimento e estratégias de estudantes concluintes do ensino fundamental na resolução de itens de avaliações externas. 2016. 202 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Programa de Pós-Graduação em Educação em Educação Matemática, Universidade Anhanguera de São Paulo, São Paulo, 2016.

SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da Educação básica. Departamento de Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação básica. Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. EMAI: educação matemática nos anos iniciais do ensino fundamental; organização dos trabalhos em sala de aula, material do profesor. Secretaria da Educação. Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais. - São Paulo: SE, 2013. v. 1, 160 p.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Educação. SARESP 2016. Boletins de resultados. Foco de Aprendizagem. São Paulo, 2016. (disponível em: http://focoaprendizagem.educacao.sp.gov.br/dashboards acesso em 02/05/2017)

SCHÖN, D. Educating the reflective practitioner: toward a new design for teaching e learning in the professions. San Francisco: Jossey Bass, 1987.

_________. The reflective practitioner: how professionals think en action. London: Temple Samith, 1983.

SERRAZINA, M. de L. O programa de formação contínua em matemática para professores do 1º ciclo e a melhoria do ensino da matemática. Da investigação às práticas. v.3 n. 2, p. 75-97, 2013.

ZEICHNER, K. M. A formação reflexiva de professores: ideias e práticas. Educa professores, 1993.

Downloads

Published

2017-09-13

How to Cite

Garcia Silva, A. da fontoura, Duarte, A. R. S., & Miranda, M. S. (2017). OBEDUC: reflexões, aspectos teóricos e prática docente em um grupo de estudos (OBEDUC: reflections, theoretical aspects and teaching practice in a study group). Crítica Educativa, 3(2), 144–158. https://doi.org/10.22476/revcted.v3i2.160

Issue

Vol. 3 No. 2 (2017): Dossiê programas e políticas de formação inicial e continuada de professores e a valorização do magistério: PIBID, OBEDUC, PARFOR E PRODOCÊNCIA em foco

Section

PARTE I - Programas e políticas de formação inicial e continuada de professores

License

Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Recomenda-se não ultrapassar o número total de quatro autores. Caso a quantidade de autores seja maior do que essa, deve-se informar ao editor responsável o grau de participação de cada um. Em caso de dúvida sobre a compatibilidade entre o número de autores e os resultados apresentados, a Comissão Editorial reserva-se o direito de questionar as participações e de recusar a submissão se assim julgar pertinente.

Ao submeter um artigo para publicação a Crítica Educativa a o autor concorda com os seguintes termos:

  1. O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento.
  2. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da Crítica Educativa.
  3. Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original.
  4. O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho online, sempre com as devidas citações da primeira edição.
RESPONSABILIDADE IDEOLÓGICA

Os artigos cuja autoria é identificada representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Crítica Educativa do PPGED  da Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba.