Autonomia dos professores na produção de políticas públicas no Brasil (Autonomy of teachers in the production of public policies in Brazil)
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v4i2.351Palavras-chave:
Advocacy coalition framework. Políticas públicas. Escola sem Partido. Autonomia docente.Resumo
Nos últimos anos no Brasil, surgiram diversos projetos de leis em várias esferas com o objetivo de regulamentar as práticas pedagógicas dentro das escolas e universidades do país, derivados do Movimento “Escola Sem Partido”. O objetivo do presente artigo é analisar os sentidos de autonomia docente defendidos por este movimento e pelo movimento “Professores Contra Escola sem Partido”, nos embates da Comissão Especial do Congresso Nacional e outros espaços. Para isso se apoiou na literatura sobre tipologia docente, as políticas públicas e a formação de agenda, aplicando o modelo de advocacy coalitions framework para compreender a dinâmica dos grupos em disputa. Como resultados, concluiu-se que o sentido de autonomia docente defendido pelo Movimento Escola sem Partido é de que autonomia é igual à doutrinação e para o outro grupo, a autonomia é uma necessidade ao processo educativo.Referências
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