Uma escola para todos: homens no magistério também ocupam este espaço (A school for everyone: men in the magistry also occupy this space)
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v5i2.435Palabras clave:
Magistério. Docente. Preconceito. Ensino Fundamental.Resumen
Este artigo é um recorte da pesquisa “Homens no Magistério. Eu apoio!”, que teve como objetivo discutir por que há restrição de homens no magistério no exercício da docência com crianças. A pesquisa assume a abordagem metodológica do tipo história de vida. Participaram deste estudo dezoitos professores homens, no ano de 2014. Utilizamos para coleta de dados um questionário on-line aberto com a pretensão de conhecer a história de vida desses professores, cujas respostas foram sistematizadas e assim destacamos duas - Vitor e Cristian - que serão contadas neste artigo. Concluímos com o estudo proposto que homens ingressam no magistério por meio de concurso público ou sua inserção ocorre via contratação (indicação) para atuarem em escolas privadas. Podemos ainda afirmar que enfrentam dificuldades nessas instituições. Isto ficou evidente quando um dos entrevistados disse “querem saber meu sexo, depois meu rendimento”. Esbarra-se, neste caso, e em outros relatados nesta investigação, em preconceitos e estereótipos em torno do gênero, como fica evidente também nessa narrativa de um dos professores que trabalha na Educação Infantil: “eles não sabem cuidar, a visão que as professoras possuem”.
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