O rap como poesia negra da diáspora: modos de dizer, modos de fazer literatura (Rap as poetry of black diaspora: ways of saying, ways of making literature)
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v5i1.430Palavras-chave:
Hip hop. Diáspora negra. Rap. Literatura. Descolonização.Resumo
A poética do movimento hip hop na diáspora negra explode em variadas linguagens ético/estéticas, que provocam questionamentos, deslocamentos, realocações de conceitos, produzindo experiências estéticas redimensionadas a partir das experiências históricas dos sujeitos participantes desse movimento cultural. A pintura, a música, a poesia e a dança assumem configurações diversas, de acordo com as comunidades culturais em que são produzidas. Aí estão imantadas performances sonoras, poéticas, imagéticas, que convergem na (re) criação de novas linguagens. Esse artigo tem como foco discutir, a partir da poética do rap no Brasil e Angola, como o estudo dessas novas propostas poéticas no cenário das contranarrativas da contemporaneidade reverbera questões que nos parecem essenciais para o ensino de literatura e da crítica literária, no sentido de abarcar as novas produções através de uma reformulação dos seus critérios, centrados, nas periferias, além de trazer a proposição de um maior intercâmbio entre as produções artísticas da diáspora negra.
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