A escola e a reprodução da ideologia para o trabalho (School and the reproduction of the ideology for labor)
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v4i2.320Palavras-chave:
Escola. Trabalho. Capitalismo. Burguesia. Ideologia.Resumo
O presente estudo traz à reflexão a problemática histórica da relação interdependente entre a escola e o trabalho no contexto da sociedade capitalista, que condiciona a escola a um mero espaço ou função de reprodução da ideologia para o trabalho assalariado, tomando como base as contribuições teórico-metodológicas da crítica marxista à sociedade burguesa, que tem em Karl Marx seu fundador e principal expoente e demais pensadores como, por exemplo, o sociólogo da educação Mariano Enguita, além de Paulo Freire, Moacir Gadotti, István Mészáros, que teceram importantes estudos em torno do trabalho e do papel da escola e da educação nas sociedades capitalistas pós-industriais. Nesse sentido, a análise do problema da relação entre a escola e o trabalho parte do contexto histórico do Renascimento Comercial e Urbano, na Baixa Idade Média europeia, quando a burguesia nascente sente a necessidade de criar uma ideologia para o trabalho a fim de demolir sua imagem negativa advinda do Mundo Antigo e alçá-lo à condição máxima e única de se alcançar a realização humana via sucesso profissional. Nestas condições, evidencia-se que a escola no âmbito do capitalismo se converte, mais tarde, no espaço perfeito para a reprodução da ideologia burguesa, tais como as ideias, suas crenças, normas, valores, visão de mundo e, sobretudo a predisposição ao trabalho que, de uma maneira ou de outra, transforma os futuros trabalhadores em seres programados para a vida no trabalho assalariado, como verdadeiros autômatos.
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