O movimento Escola sem Partido e a “escola com religião”: aproximações a partir da série Star Trek: Deep Space Nine (The Movement Nonpartisan School and "school with religion" - approaches from the Star Trek: Deep Nine series)
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v4i2.305Palavras-chave:
Liberdade de ensinar. Ensino laico. Star Trek, Deep Space Nine.Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar o cerceamento da liberdade de ensinar por parte do movimento conhecido como Escola sem Partido (ESP) que, ao defender que os professores na verdade se tratam de doutrinadores de esquerda, pretende limitar a atuação destes em sala de aula, através de legislação que tornaria legal a perseguição e intimidação aos educadores. Em segundo lugar, é nosso objetivo estabelecer, neste contexto, as relações entre a liberdade de cátedra e o ensino laico, já que o projeto ESP, de cunho nitidamente conservador, ataca a primeira e relativiza a segunda. Por fim, utilizamos um episódio da série de ficção científica Star Trek: Deep Space Nine, para efetuar a leitura e propor reflexões acerca dos problemas de pesquisa apresentados no texto.
Referências
ANGELO, Carise Martins. “Escola sem Partido” ou “Escola com Mordaça”: precisamos refletir acerca do nosso papel docente. In: VII Semana de Educação Tania Mara Tavares da Silva: Universidade e Democracia - Resistência em tempos sombrios - 15 a 20/05/2017 - CCH, p. 65-73. Disponível em: <http://www2.unirio.br/unirio/cchs/educacao/2017AnaisVIISemanadeEducaoTaniaMaraTavaresdaSilvaUniversidadeeDemocraciaResistnciaemTemposSombrios.pdf>. Acesso em: 15/04/2018.
BOBBIO, Norberto. Direita e Esquerda: razões e significados de uma distinção política. São Paulo: Unesp, 1995.
BRANDT, Cleri Aparecida; MIALHE, Jorge Luís. A educação na alemanha nazista e seu papel na modulação de ideias e comportamentos. Hist. educ. anu. vol. 14, no. 2, Ciudad autonoma de Buenos Aires. dic. 2013. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2313-92772013000200003 Acesso em: 15/04/2018.
BRASIL. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988. Disponível em: <http://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_atual/art_206_.asp>. Acesso em: 16/04/2018.
BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929 - 1989) - A Revolução Francesa da Historiografia. São Paulo: Unesp, 2010.
CARDASSIAN. Disponível em: <http://memory-alpha.wikia.com/wiki/Cardassian>. Acesso em: 21/04/2018.
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS. Disponível em: <https://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/c.convencao_americana.htm>. Acesso em: 21/04/2018.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Ficção, comunicação e mídias. São Paulo: SENAC, 2002.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Ensino religioso na escola pública: o retorno de uma polêmica recorrente. Revista Brasileira de Educação. Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Educação, Set /Out /Nov /Dez 2004 N. 27, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbedu/n27/n27a12.pdf>. Acesso em: 16/04/2018.
DANTAS, Silvia Góis. As séries televisivas no contexto da ficção nacional: uma aproximação. Vozes & Diálogo. Itajaí, v. 14, n. 02, jul./dez. 2015, p. 165-179. Disponível em: <https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/vd/article/download/7356/4802>. Acesso em: 16/04/2018.
ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. São Paulo: Companhia das Letras: 1994.
ESCOLA SEM PARTIDO. Disponível em: <http://escolasempartido.org/FAQ>. Acesso em: 15/04/2018.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
GABATZ, Celso. O movimento Escola sem Partido e a criminalização ideológica na educação brasileira contemporânea. Contexto & Educação, ano 33, nº 104. Jan./Abr. 2018, p. 323-345. Disponível em: <https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/7110>. Acesso em: 15/04/2018.
KRAUSS, Lawrence M. A física de Jornada nas Estrelas. São Paulo: Makron Books, 1996.
LEE, Sander. Odo é um colaborador? In: EBERL, Jason T.; DECKER, Kevin S. (orgs.). Star Trek e a filosofia. São Paulo: Madras, 2010.
MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. 2. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2001.
NOGUEIRA, Salvador; ALEXANDRIA, Susana. Jornada nas Estrelas: o guia da saga. São Paulo: Leya, 2016.
PROGRAMA ESCOLA SEM PARTIDO. Disponível em: <https://www.programaescolasempartido.org/>. Acesso em: 15/04/2018.
RÜSEN, Jörn. Narrativa histórica: fundamentos, tipos, razão. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel; REZENDE, Estevão de. Jörn Rüsen e o ensino de história. Curitiba: Ed. UFPR, 2011.
SAADIA, Manu. Trekonomics. São Francisco, Califórnia: Piper Text Publishing Co., 2016.
SILVA JÚNIOR, Ailton Costa. A linguagem cinematográfica como instrumento interpretativo da realidade social. Sinais, 2017. Disponível em: . Acesso em: 16/04/2018.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
WORMHOLE. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Wormhole>. Acesso em: 21/04/2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Recomenda-se não ultrapassar o número total de quatro autores. Caso a quantidade de autores seja maior do que essa, deve-se informar ao editor responsável o grau de participação de cada um. Em caso de dúvida sobre a compatibilidade entre o número de autores e os resultados apresentados, a Comissão Editorial reserva-se o direito de questionar as participações e de recusar a submissão se assim julgar pertinente.
Ao submeter um artigo para publicação a Crítica Educativa a o autor concorda com os seguintes termos:
- O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento.
- As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da Crítica Educativa.
- Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original.
- O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho online, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Os artigos cuja autoria é identificada representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Crítica Educativa do PPGED da Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba.