Contribuições do PIBID para a formação de professores de biologia (PIBID contributions to the training of Biology teachers)
DOI:
https://doi.org/10.22476/revcted.v3i2.111Palavras-chave:
Formação de professores. PIBID. Ciências Biológicas. Cartas PedagógicasResumo
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é uma política voltada para a valorização do magistério e o fortalecimento da formação de professores para a Educação Básica. O objetivo desse estudo é conhecer as contribuições do PIBID para a formação de professores de Biologia. Quanto aos procedimentos metodológicos, realizou-se pesquisa qualitativa. Tomando como base teórica o contexto qualitativo, decidiu-se pela abordagem etnometodológica. Utilizou-se como dispositivos para a produção de dados, as Cartas Pedagógicas, que, enquanto recurso de comunicação, também se constituem em excelentes instrumentos de coleta de dados para a pesquisa qualitativa em educação. Participaram da pesquisa 9 (nove) alunos bolsistas do Polo de Apoio Presencial da Universidade Aberta do Brasil do Território Vale do Rio Guaribas no Município de Simões (PI). A análise dos dados aponta que o PIBID tem se destacado pelos resultados positivos, entre os quais se destacam: o estímulo à docência para os alunos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas; melhoria do desempenho acadêmico e profissional dos alunos bolsistas por meio da unidade teoria e prática, aprendizagem da docência e elaboração de saberes experienciais.
Referências
Rivero (2010, p. 1) considera que os pesquisadores inclusos na etnometodologia buscam uma maior flexibilidade e novas metodologias de pesquisa, pois “[...] um dos desafios da pesquisa educacional é, portanto, captar o dinamismo dessa realidade, desvencilhando a complexidade de seu objeto de estudo em sua realidade histórica. O fluxo linear da pesquisa já não responde à percepção do pesquisador atual”.
Foucault (1992, p. 145), a produção escrita se desenvolve por meio de uma relação recíproca em que a escrita proporciona ao escritor a possibilidade de:
"mostrar-se, dar-se a ver, fazer aparecer o rosto próprio junto ao outro. [...] A carta é simultaneamente um olhar quase volta para o destinatário (por meio da carta que recebe ele se sente olhado) e uma maneira de o remetente se oferecer ao seu olhar pelo que de si mesmo lhe diz. De certo modo, a carta proporciona um face-a-face. [...] A carta que, na sua qualidade de exercício, trabalha no sentido da subjetivação do discurso verdadeiro, da sua assimilação e da sua elaboração como bem próprio, constitui também e ao mesmo tempo uma objetivação da alma".
Segundo Freire (2000, p.16), as cartas pedagógicas possuem uma leveza no estilo narrativo que favorecem o diálogo, se tronando campo fértil para reflexões sobre educação e o ensino. Afirma que:
"Fazia algum tempo um propósito me inquietava: escrever umas cartas pedagógicas em estilo leve [...]. Quem dera elas possam, tal como as do Mestre, recolocar a educação no espaço do coloquial e do afetivo reencontrar o essencial da educação – o diálogo que compartilha e provoca. Quem sabe elas possam provocar respostas, o que, em princípio e no fim das contas, é a marca mais peculiar que elas têm [...]".
“a solução está em potencializar uma nova cultura formadora, que gere novos processos na teoria e na prática de formação, introduzindo-nos em novas perspectivas e metodologias” (IMBERNÓN, 2010, p. 40).
Garcia (1999) afirma que a formação de professores, é um campo de conhecimentos, verificações de teorias e práticas, que examina os processos por meio dos quais os professores se implicam, individualmente ou em grupo, em experiências de aprendizagens adquirindo ou melhorando seus conhecimentos, enriquecendo suas capacidades e disposições; permitindo, deste modo, ampliação do conhecimento profissional, no desenvolvimento do ensino, do currículo e da escola, com a finalidade de aprimorar a qualidade da educação que os alunos recebem e que os professores praticam.
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